Taj Mahal – Uma história de amor

Estava ansiosa! O grande dia tinha chego. Um dia antes de voltar ao Brasil, me despedia da Ásia em grande estilo.

Para conhecer o Taj há duas opções, o bate volta (que eu fiz) ou dormir em Agra, onde fica o palácio. Honestamente, não vi a necessidade de dormir em outra cidade. O Taj por ser muçulmano não abre de sexta, portanto se programe 😉

Caso opte pelo bate volta, há duas formas de se locomover. De trem ou de carro, podendo ser em grupo ou particular.

Eu acabei indo de carro com motorista particular por dois motivos: 1) no hostel em que eu estava, era a única hospede que tinha interesse em fazer o passeio no sábado, único dia que eu tinha disponível e 2) não me senti segura em ir de trem sozinha, considerando que eu chegaria a noite na estação central de Old Delhi e de lá ainda teria que pegar um transporte para voltar para o hostel que era mais afastado. Como fui alertada um milhão de vezes sobre estar sozinha da Índia resolvi não arriscar e pagar (bem mais) caro para ir de carro.

O bom de ir sozinha e de carro é que eu pude visitar outros dois lugares, o Forte de Agra e o Baby Taj que juntos ao Taj Mahal formam o triangulo dourado e tudo no meu próprio tempo, sem ter que esperar um grupo.

As 6:30 o motorista já me esperava para um longo dia na estrada. Fiz a reserva com o hostel, logo era um motorista conhecido. No caminho, antes de pegarmos a estrada, ele parou, desceu do carro e fiquei sozinha. POR QUE!? Aí ele me explicou que foi pagar os “pedágios”. E de fato, vários carros pararam numa fila. Procedimento padrão indiano. Fomos conversando e entre cochilos e papos chegamos na 1a parada.

Tomb of Itimad ud Daulah

Conhecido como Baby Taj, serviu de inspiração para o grandioso Taj Mahal. Foi construído pelo Nur Jahan para seu pai, Mirza Ghiyas Beg entre1622-1628, 5 anos antes da construção do Taj. O bacana de conhecer este mini Taj é que ele representa uma mudança de estilo, da pedra vermelha característica do Forte Vermelho de Agra, para o mármore branco do Taj Mahal além de poder contemplar o que falta ao interior do Taj: as ornamentações, que são espetaculares! Uma mini versão do Taj com o interior mais rico e com muito menos turistas. Não deixe de conhecer.

 

Taj Mahal

Estava muito empolgada! Mas o caminho era longo, o motorista me deixou próximo a entrada do parque. La dentro tem mais uma andada até a bilheteria. Vi uma fila gigante de turistas indianos e pensei, nossa nunca mais vou sair dessa fila! Fui na paralela ver até onde ia e onde começava a bilheteria, quando um indiano sinalizou a minha fila, a fila de turistas estrangeiros, que graças a Deus era beeeem menor! Já tinha comentado no post de Délhi o quanto é cansativo e demorado para entrar nos lugares, não somente no aeroporto e no metro, mas em locais como o TAJ a entrada é rigorosíssima. Temos que passar por revista, detectores de metais e por aí vai. Passada a bilheteria e a revista era hora de me encantar por uma das novas 7 maravilhas do mundo.

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Dito e feito, quando me deparei, estava eu de boca aberta rodeada de turistas tirando um milhão de fotos. Eu não conseguia parar de olhar até que as pessoas começaram a esbarrar em mim, rs sai do caminho menina! Também tirei um milhão de fotos, de diferentes ângulos, lugares, detalhes, estava apaixonada e não queria ir embora!

 

Uma prova de amor:  construído entre 1632 e 1653 teve apoio de 20 mil trabalhadores de diversas partes do oriente.  o imperador Shah Jahan mandou construir em memória de sua esposa favorita, que era chamada carinhosamente por ele como “A joia do palácio” A joia, faleceu após dar à luz o 14º filho. O Taj Mahal foi construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna. Taj Mahal significa “Primeira dama do palácio”.

O Taj é deslumbrante. Por fora maravilhoso, mas por dentro não há muita decoração, por isso que comentei que a ida ao Baby Taj vale muito a pena, pois um complementa o outro.

Outro monumento que fica próximo ao Taj é o Darwaza, este todo construído em pedra vermelha. Do outro lado encontra-se Masjid, outra mesquita e ambos foram construídos para balancear a composição arquitetônica do complexo.

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A área toda esta rodeada por um imenso e lindo jardim a fim de representar os jardins do paraíso. Saindo do Taj fui para o ultimo ponto turístico.

Red Fort

Enorme, deixa o forte de Delhi no chinelo rs. Outro lugar que não pode deixar de ser explorado. Além da beleza do forte e dos jardins, foi o lugar que mais fui abordada para tirar fotos! Os indianos me achavam muito exótica, por ser branca, por estar sozinha, acho que por ser uma estrangeira também.

 

Depois dessa ultima parada, iniciamos a longa jornada de volta. A estrada estava ok, mas entrar em Delhi é igual entrar em SP, mas pior claro. A viagem durou em torno de 4h. Fiz mais umas horinhas no hostel, bati um papo com uma brasileira que tinha chego a pouco e quando vi era hora de ir para o aeroporto, voltar para o Brasil. Era o término da minha temporada na Ásia. Coração a mil, calafrios, um pouco nervosa, tensa, estava de mudança de volta ao Brasil.

 

 

 

 

 

 

 

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